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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Garrincha 77 anos: uma homenagem ao craque de pernas tortas

garrincha-fotoSe estivesse vivo, um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro e, sem dúvida, o melhor jogador da história do Botafogo de Futebol e Regatas, Garrincha, completaria 77 anos nesta quarta-feira, dia 20 de janeiro de 2010. Uma breve recordação produzida pela Rádio 730 pode ser conferida em um mini-documentário, no Portal 730.


Para ilustrar e relembrar momentos da vida e arte de um dos craques mais talentosos do esporte brasileiro, participam no Especial o comentarista esportivo, Dr. Ledes Gonçalves o ex-treinador Ney Fernandes, além do próprio jogador - por meio de áudios da década de 70, recuperados e reproduzidos.

A carreira

Depois de insucessos em clubes como o Flamengo e outros do Rio de Janeiro, Garrincha foi apadrinhado por Nilton Santos em 1953 – data em que iniciou sua carreira no clube da estrela solitária. E depois da primeira grande oportunidade que recebeu, as coisas para ele finalmente melhoravam. Ele era muito bom. Os torcedores da época, que não acreditavam no que aquele jovem rapaz era capaz de fazer.

As pernas tortas

Garrincha não poderia jogar em qualquer clube. Tinha que ser no Botafogo. Só o clube de General Severiano – que era, praticamente, comandado por Nilton Santos - aceitaria um jogador já fora até chamado de aleijado, devido uma, digamos, diferente formação das pernas. Mas, além de pernas tortas, Garrincha tinha uma característica peculiar: problemas em falar da vida pessoal e dificuldades de manter o foco nos assuntos conversados. Pudera, a vida pessoal do jogador era conturbada.

Em Goiânia
O sucesso e a fama de Mané Garrincha proporcionaram que o, até então, jogador, ganhasse muito dinheiro com contratos para defender combinados regionais em troca de cachês. Na década 70, por exemplo, o estádio Olímpico – hoje demolido – ainda era novinho e foi palco do confronto entre Seleção Goiana e a boa equipe do Bangu, do Rio de Janeiro. O jogo fazia parte das comemorações do aniversário da Caixa Econômica Federal.

Mas, aquela partida, em especial, não mostrou as habilidades do Mané e sim a sua despreocupação com relação a profissão... Sem jogar bem, e com a Seleção Goiana perdendo por 1 a 0, Garrincha saiu do time. De acordo com o treinador do combinado goiano da época, Ney Fernandes, o atleta do Botafogo não estava inspirado e precisou ser sacado. Sem Garrincha, o Bangu acabou sofrendo a virada. Mas o astro não mostrou chatiação e foi para um bar - que ficava à baixo da tribuna do estádio Olímpico - para beber e conversar.

A queda
Mas apesar do futuro de sossego e tranquilidade ao lado dos pássaros que tanto amava que poderia ter tido, Garrincha se enveredou para outros caminhos. Depois de parar de jogar, os problemas com o álcool pioraram e as frustrações o venceram.

O hoje

Onde quer que ele esteja só pode estar feliz. No céu, ele deve continuar dando aqueles velhos dribles, sempre para a direita e que ninguém conseguia acompanhar. Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro.

Mané morreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de janeiro de 1983, vítima de um edema pulmonar. O velório foi realizado no estádio do Maracanã, onde deu verdadeiros espetáculos, e foi acompanhado por milhares de fãs.

"Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho", escreveu Carlos Drummond de Andrade.

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